quarta-feira, 20 de março de 2013

Vice-prefeito diz que dinheiro gasto com a Copa daria para construir 4 mil novos açudes


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O Vice-prefeito de Monteiro, Cajó Menzes, afirmou na tarde dessa quarta-feira, 20, que o dinheiro público utilizado para construção e recuperação de estádios para a Copa do Mundo de 2014, que acontecerá no Brasil no próximo ano, daria para construir cerca de 4 mil novos açudes no Nordeste Brasileiro, que enfrenta uma das maiores secas dos últimos tempos.
O Vice-prefeito afirmou que a população monteirense está contente com as chuvas caídas no município nessa terça-feira, 19, que serviram para atender alguns reservatórios de água, mas que o prejuízo causado pela a estiagem é inestimável.
Ele declarou que o Governo Federal tem buscado investimentos paliativos como bolsa estiagem, distribuição de ração e carros pipas, mas que isso não seria o suficiente para sanar o problema que atinge os municípios afetados, em especial Monteiro, que é o maior em área territorial do Estado.
“A população precisa de investimentos mais concretos para que possa sair dessa situação. Quando chega a seca, acaba tudo e o nordestino vai sofrer e viver humilhado aos pés dos governos. O nosso povo quer investimentos reais, como a construção de novos açudes para armazenamento de água. Não sou contra a Copa, mas enquanto o Governo Federal gasta bilhões com o evento, o nordestino perde tudo e poderia ser melhor atendido com esses reservatórios que amenizariam o sofrimento da população”, disse o Vice.
Cajó Menezes disse que o Governo Federal deveria se sensibilizar com a situação vivenciada pelos nordestinos e destinar recursos para a construção de novos açudes, como exemplo, do que foi construído na comunidade rural do Mocó, em uma parceria firmada entre a Prefeitura de Monteiro, com o Ministério da Integração Nacional, onde foram investidos cerca de R$ 1 milhão de reais, que com as chuvas caídas
Recentemente, conseguiu armazenar uma grande quantidade de água, que contribuirá para durante um período de tempo amenizar o sofrimento da população, principalmente da zona rural.
Ele frisou que estará realizando uma caravana na próxima terça-feira, 26, com representantes do legislativo monteirense, imprensa e instituições, para fazer um relatório dos estragos causados pela seca no município e encaminhar ao Ministro da Integração, Fernando Bezerra, que visitará o município no próximo dia 05 de abril, como forma de apresentar a realidade dos prejuízos da estiagem, como também, solicitar recursos do Governo Federal, para iniciativas que seriam importantes quando um novo momento de seca atingir a região, como a construção de novos açudes, perfuração de poços, sistemas de irrigação alternativos e construção de cisternas.
“Não podemos ficar calados diante do quadro que estamos vendo. Todos sabem que durante períodos o Nordeste sofre com a estiagem, os governos deveriam investir em meios mais sólidos, que amenizem o sofrimento do povo durante esse período causticante. Vamos apresentar um relatório da situação, prejuízos causados, mas apresentaremos sugestões de meios que podem ajudar na melhor convivência com a seca”, concluiu Cajó.
Na manhã dessa quarta-feira, 20, o Vice-prefeito visitou a comunidade rural do Mocó, acompanhado pelo Secretário de Comunicação, Edcarlos Farias e do Gerente de Transportes, João Jacinto, para verificar água armazenada pelo açude construído recentemente no município.
Clique em Mais Informações e veja os gastos com a Copa 2014 no estádios.
Confira os valores gastos com a recuperação e construção de estádios para a Copa do Mundo de 2014:

Minerão (Belo Horizonte) custo R$ 695 milhões, sendo R$ 400 milhões financiamento federal

Arena Pantanal (Cuiabá) custo R$ 518,9 milhões, sendo R$ 285 milhões financiamento federal

Arena Baixada (Curitiba) custo R$ 234 milhões, sendo R$ 131 milhões financiamento federal

Castelão (Fortaleza) custo R$ 623 milhões, sendo R$ 400 milhões financiamento federal

Arena Amazônia (Manaus) custo R$ 515 milhões, sendo R$ 375 milhões financiamento federal

Arena das Dunas (Natal) custo R$ 350 milhões, sendo R$ 250,5 milhões financiamento federal

Beira Rio (Porto Alegre) custo R$ 330 milhões, sendo R$ 235 milhões financiamento federal

Arena Pernambuco (Recife) custo R$ 529,5 milhões, sendo R$ 397,1 milhões financiamento federal

Maracanã (Rio de Janeiro) custo R$ 808,4 milhões, sendo R$ 400 milhões financiamento federal

Arena Fonte Nova (Salvador) custo R$ 591,7 milhões, sendo R$ 400 milhões financiamento federal

Arena Corinthians (São Paulo) custo R$ 820 milhões, sendo R$ 400 milhões BNDES

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