A longa estiagem que
castiga o semi-árido nordestino vem reduzindo drasticamente as reservas
hídricas, deixando milhões de pessoas desesperadas, tendo que ser socorridas por
ações do governo federal, com o uso do carro-pipa. A medida é paliativa e não
chega de forma satisfatória aos mais de 12 milhões atingidos pela seca, talvez a
maior dos últimos 40 anos, residentes em mais de 1.100 municípios. Em abril
deste ano a presidente Dilma apresentou o plano de enfrentamento à seca, com
recursos de mais de R$ 2 bi.
Bolsa estiagem, perfuração
e recuperação de poços, carro-pipa, dentre outras ações foram garantidas. Em
2012 houve perda de mais de 90% da safra de grãos na Paraíba. Muitas das medidas
anunciadas pelo governo federal esbarram na terrível burocracia, frustrando a
expectativa das famílias, especialmente as que sobrevivem na zona rural. A
maioria dos reservatórios do Sertão paraibano está com volume inferior a 20%,
sem falar que os meses mais quentes do ano estão para vir, novembro e dezembro.
A evaporação é outro grande inimigo. O castigante calor acelera a evaporação,
diminuindo os níveis dos mananciais e a expectativa é que muitos sequem até o
final do ano. No município de Água Branca a Igreja católica levantou uma
bandeira e,contando com o apoio da população, fez manifestações a lata vazia,
conclamando os governos para que desenvolvam ações imediatas de socorro à
população atingida pelo desabastecimento e economicamente pelos efeitos em
cascata pela seca.
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