Acontece na próxima quarta-feira, dia 29, o lançamento do programa Cidades Sustentáveis na Paraíba. O evento vai acontecer no auditório da Receita Federal em João Pessoa e contará com a participação de candidatos a prefeito de toda a Paraíba. Na ocasião os prefeitáveis vão assinar uma Carta Compromisso se comprometendo a implantar práticas de sustentabilidade em suas gestões. Se adiantando à assinatura da carta, o JORNAL DA PARAÍBA buscou saber quais são as propostas dos candidatos à Prefeitura de João Pessoa para os eixos do Cidades Sustentáveis.
Ao assinar o compromisso, candidatos ao cargo de prefeito estarão de acordo com as ferramentas propostas pelo Programa Cidades Sustentáveis. O lançamento do programa na Paraíba é uma realização do Fórum Paraibano de Combate à Corrupção (Focco/PB) e do Instituto Soma Brasil.
A reportagem entrou em contato com os sete candidatos à Prefeitura de João Pessoa para saber suas propostas para uma cidade mais sustentável, mas apenas Cícero Lucena (PSDB), José Maranhão (PMDB), Luciano Cartaxo (PT) e Renan Palmeira (PSOL) responderam. Eles apresentaram o que pretendem fazer em cinco eixos específicos: Planejamento e Desenho Urbano; Educação para a sustentabilidade e qualidade de vida; Economia local dinâmica, criativa e sustentável; Melhor mobilidade, menos tráfego; e Ação local para a saúde.
Entre as propostas defendidas por Cícero Lucena, no campo Cidades Sustentáveis, estão a readequação da lei de uso e ocupação do solo, o incentivo ao desenvolvimento e a utilização de tecnologias alternativas de construção e também a implantação de um programa de iluminação ampla e eficiente. Ele também fala em executar um projeto de urbanização do vale dos rios Jaguaribe e Sanhauá.
O tucano também pretende dotar todas as principais e maiores unidades municipais, como o Centro Administrativo, de equipamentos para reaproveitamento de águas pluviais e tratamento de esgoto. Ele propõe rever o programa de aproveitamento energético (biogás do aterro) e desenvolver campanha de incentivo para a expansão do número de prédios com a energia sustentável e eficiência energética.
José Maranhão argumenta que a construção de cidades 100% sustentáveis ainda é algo para o futuro, mas defende que ações têm que começar a ser feitas agora. “Temos que ter uma visão integrada, resgatando o conceito antigo de ecologia que, ao pé da letra, é o estudo das condições de habitabilidade”, afirmou.
Sobre as propostas, ele destacou a implantação do plano de mobilidade urbana “indispensável para desafogar o trânsito urbano e criar novas opções para o futuro da cidade”.
O peemedebista também propõe uma economia local sustentável, integrando habitações, pontos de trabalho, educação e lazer. “Quanto mais perto do trabalho e dos locais de educação e lazer as pessoas morem, menor será a utilização do automóvel e dos transportes de massa”, justificou.
Luciano Cartaxo garante que um dos focos de sua gestão, caso eleito, será a proteção à biodiversidade. Ele destaca que João Pessoa tem sofrido intensa devastação ambiental resultante da ocupação desordenada do seu território e da forte expansão imobiliária e que isso tem que ser evitado. Segundo ele, é possível garantir o crescimento econômico, o conforto da população e a acessibilidade, preservando o meio ambiente. Uma das propostas defendidas por ele é a implantação de um programa de coleta seletiva, para beneficiar a atividade da reciclagem.
O petista também fala em fortalecer e ampliar os parques municipais e prevê a plantação de mais de 100 mil mudas de plantas nativas em escolas, calçadas, parques e áreas diversas.
Cartaxo garante também implementar ações de redução da emissão de gases poluentes e ações compensatórias para neutralizar os efeitos negativos.
Já Renan Palmeira quer investir em campanhas pelo cumprimento da legislação ambiental e incentivos para as melhores práticas ambientalistas, construir um plano de manutenção preventiva da cidade, com inspeções periódicas em todas as vias para minimizar defeitos e falhas na mobilidade urbana, criar uma rede de cooperativas de economia solidária como sistema de geração de emprego e renda.
Fonte: Jornal da Paraíba
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